'Aliviada', diz mãe de vítima de feminicídio em MT após suspeito ser preso em MS por morte de outra mulher

  • 30/10/2025
(Foto: Reprodução)
Família de vítima de feminicídio comenta crime após prisão de suspeito, que estava foragido há 3 anos Gilson Castelan de Souza, que foi preso por esfaquear e matar Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, nessa terça-feira (28), em Campo Grande (MS), foragido desde junho de 2022, quando matou a ex-companheira Silbene Duroure da Guia, de 40 anos, também a golpes de faca, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Agora, três anos depois, a família da vítima recorda com dor a morte de Silbene. À TV Centro América, a mãe de Silbene e servidora pública, Antônia Maria, contou que a filha era uma pessoa muito bondosa, sempre disposta a ajudar os outros, e que esse cuidado com os outros a motivou a cursar técnico em enfermagem. Silbene estava no quinto semestre do curso quando foi assassinada. 📱 Baixe o app do g1 para ver notícias de MT em tempo real e de graça A mãe de Silbene relembrou o relacionamento da filha com Gilson e contou que, desde o início, não confiava no suspeito. Segundo Antônia, o comportamento do homem já dava sinais de alerta, e mesmo com separações e recomeços, a filha seguia tentando manter a vida e os estudos. “Na época falei para ela que não gostei dele. Quando ela chegou com ele aqui em casa eu falei: 'não gostei desse rapaz aí não, que ele não tem uma cara boa'. Só que ela já estava envolvida com ele. Eles ficaram namorando acho que nove meses. Aí eles foram morar juntos”, disse. De acordo com a servidora, o relacionamento do casal era marcado por idas e vindas, com separações frequentes. Ainda assim, nos momentos em que estavam afastados, a filha sempre se dedicou ao trabalho e aos estudos, buscando construir uma vida estável para si e para os filhos. “Eles ficaram cerca de cinco anos juntos e tiveram o filho caçula. Depois, se separaram por causa do comportamento agressivo dele, mas reataram e voltaram a morar juntos. Na época do crime, ela já estava separada há seis meses, morava comigo, trabalhava cuidando de idosos e fazia estágio no curso técnico de enfermagem”, relembrou. Antônia lembrou como ficou sabendo da morte da filha. Ela explicou que Silbene trabalhava cuidando de idosos e, na manhã seguinte ao crime, não apareceu para atender um casal de clientes. “Fiquei sabendo quando esse casal entrou em contato com minha outra filha que estava em Portugal, falando que a Silbene não tinha aparecido para trabalhar. Depois, a filha deles ligou para minha neta e falou: ‘Se vocês quiserem ver sua mãe, vocês vêm aqui, ela está morta”, informou. Sobre os três anos em que o assassino permaneceu foragido, Antônia falou do medo constante que sentia e da sensação de alívio após a prisão. “Me sinto aliviada. Sentia medo de sair na rua, por ele estar solto e poder fazer maldade ainda para minha família. Espero que a Justiça prenda ele e que ele pague pelo que fez com a minha filha e com a outra pessoa também. Ele tem que pagar, não pode ficar impune”, concluiu. Rogério Adriano da Silva, irmão de Silbene e jornalista, falou sobre as lembranças da infância ao lado da irmã e a alegria que ela trazia à família. “Acho que seria pouco de muitas coisas boas que ela representa. Quando éramos crianças, subíamos no pé de manga, no telhado, fazendo bagunça”. Ao recordar o dia em que descobriu o assassinato da irmã, Rogério, que é jornalista, falou sobre o choque e a tristeza. “Estava cobrindo um acidente com vítima fatal na Júlio Campos quando recebi a ligação sobre um feminicídio. Chegando lá, vi o corpo dela e não reconheci de imediato, foram 14 facadas, quase todas no rosto. Quando o delegado falou o nome, eu disse: ‘doutor, essa é minha irmã.’ Foi um dia muito triste para nossa família”. Rogério relembrou o choque de ver a irmã Silbene vítima de violência extrema, algo que jamais imaginava enfrentar tão de perto. “Nós que estamos nessa profissão, a gente nunca imagina que algo assim vai acontecer na nossa própria família. Aquele dia foi muito triste mesmo.” O crime A podóloga Silbene Duroure da Guia, de 40 anos, morreu vítima de feminicídio, Redes sociais Gilson Castelan de Souza estava com mandado de prisão em aberto desde junho de 2022, quando matou a ex-companheira Silbene Duroure da Guia, de 40 anos, também a golpes de faca, em Várzea Grande, no Mato Grosso. O crime contra Silbene ocorreu em 19 de junho de 2022, e o mandado de prisão preventiva foi emitido pela Justiça mato-grossense três dias depois, em 22 de junho de 2022. Assim como no caso anterior, o crime foi cometido com extrema violência: Luana foi atingida por 11 golpes de faca, enquanto Silbene foi morta com 13 ferimentos provocados pelo agressor. Outro feminicídio Homem foi preso em Campo Grande após matar mulher com 11 facadas. Redes sociais/Reprodução Gilson foi preso após esfaquear Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, 11 vezes em Campo Grande (MS). O suspeito confessou o crime e foi preso em flagrante. Conforme o boletim de ocorrência, testemunhas contaram que Luana foi atacada no cruzamento das ruas Maicuru e Valpes, no bairro Jardim Columbia. Quando a polícia chegou, encontrou a mulher caída no chão, com sangramentos na nuca, no rosto e nas costas. Luana Cristina Ferreira Alves foi socorrida no local por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os socorristas tentaram reanimá-la após uma parada cardíaca, mas ela não resistiu aos ferimentos. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito foi preso em flagrante pouco depois do crime, ainda nas proximidades, com a faca usada no ataque. O irmão da vítima, que preferiu não se identificar, contou que Luana deixa cinco filhos menores de idade. Gilson foi autuado por feminicídio. O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/10/30/aliviada-diz-mae-de-vitima-de-feminicidio-em-mt-apos-suspeito-ser-preso-em-ms-por-morte-de-outra-mulher.ghtml


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