Audiência debate reativação da Malha Oeste entre SP e MS e conexão do Brasil com o Pacífico

  • 15/08/2025
(Foto: Reprodução)
Bancada na audiência pública para debater a reativação da Ferrovia. Augusto Castro/TV Morena A reativação da Ferrovia Malha Oeste, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, foi debatida em audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande, nesta sexta-feira (15). Um dos destaques foi a possibilidade de conectar o Brasil ao Oceano Pacífico, por meio da Bolívia, até o Porto de Chancay, no Peru, de maneira rápida e econômica. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Segundo o ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores e coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceânicos, João Carlos Parkinson de Castro, há diversas alternativas para chegar ao Porto de Chancay, no Peru. "Uma alternativa que está se analisando é a extensão da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FIOL) com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), eventualmente ingresso em território peruano. Não há, neste momento, um consenso no governo peruano sobre qual seria o melhor traçado para chegar ao Porto de Chancay." Conforme o ministro, o projeto é complexo, com previsão de oito anos de obras e custo estimado em 33 bilhões de dólares, conforme estudos da Transcontinental. No entanto, há uma alternativa mais rápida e barata via Bolívia. “Outra alternativa, que me parece muito mais viável, é a integração com a Bolívia, em um trecho que está faltando na conexão entre Oruro e Cochabamba, o qual poderia ser construído com 2 a 3 bilhões de dólares. A partir daí, chega-se por Desaguadero ao porto de Ilo, no Pacífico, e, então, por cabotagem, podemos alcançar o porto de Chancay em menos tempo e muito mais barato." Segundo Afonso Carneiro, engenheiro e especialista em transporte ferroviário, a inauguração do Porto de Chancay, realizada em 2024, pode tornar a ligação Atlântico-Pacífico um diferencial logístico para o Brasil, reduzindo em até 10 dias o tempo de transporte para a Ásia e economizando até 20% nos custos. O estudo aponta que a rota pode aproveitar a infraestrutura da EF-265 (Santos-Corumbá) e a mesma bitola usada em países latino-americanos, permitindo o uso contínuo dos trens. A reativação da Malha Oeste recupera cerca de 1.830 km de trilhos já existentes, evitando a construção de mais de 4.200 km de novos trechos. Outro benefício é que não atravessa a Floresta Amazônica, o que evita impactos ambientais e em áreas indígenas. Com 1.973 km de extensão, a Malha Oeste liga Mairinque (SP) a Corumbá (MS). Sua reativação é vista como oportunidade para melhorar o escoamento da produção sul-mato-grossense, reduzir custos logísticos e impulsionar exportações para a Ásia, especialmente a China, via portos do Pacífico. Mapa da Malha Oeste em estudos de viabilidade do novo trecho. Divulgação/Eng. Afonso Carneiro Filho Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/08/15/audiencia-debate-reativacao-da-malha-oeste-entre-sp-e-ms-e-conexao-do-brasil-com-o-pacifico.ghtml


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