Conselheiro do TCE-MS suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro segue afastado por mais um ano
13/08/2025
(Foto: Reprodução) Conselheiro afastado do TCE-MS Ronaldo Chadid.
Reprodução
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta quarta-feira (13), que o conselheiro Ronaldo Chadid, do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, continuará afastado do cargo por mais um ano.
O novo prazo começa a valer a partir da publicação da decisão do ministro Francisco Falcão, segundo o documento do STJ. Em nota, a defesa informa que se tratou de decisão monocrática, da qual discordam veementemente.
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Chadid é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele responde ao processo em liberdade e continua usando tornozeleira eletrônica.
O g1 entrou em contato com a defesa do conselheiro, que informou que a decisão será impugnada pelos meios legais. Veja abaixo a nota na íntegra:
"Recebida na data de hoje, sobre a decisão do Ministro Francisco Falcão que prorrogou por mais 1 (um) ano as medidas cautelares impostas a o Conselheiro do TCE/MS Ronaldo Chadid, esta Defesa informa que se tratou de decisão monocrática, da qual se discorda veementemente, uma vez que não se encontram presentes os motivos ensejadores das medidas, as quais estão sendo mantidas por prazo desarrazoado. A decisão será impugnada pelos meios legais, devendo ser reanalisada pela Corte Especial, de forma colegiada. A decisão foi proferida em processo que tramita sob sigilo, por determinação judicial, motivo pelo qual não pode prestar mais esclarecimentos sobre o tema."
Entenda o caso
Em 2021, a Polícia Federal encontrou R$ 890 mil em espécie na casa de Chadid e outros R$ 730 mil na residência de sua assessora, durante a Operação "Mineração de Ouro". Segundo os investigadores, os dois não conseguiram justificar a origem do dinheiro e apresentaram gastos elevados com pagamentos em espécie.
A Polícia Federal suspeita que o dinheiro seja parte de uma propina paga por uma empresa de coleta de lixo. O valor teria sido entregue a Chadid em troca de uma decisão favorável no julgamento de um processo que poderia encerrar o contrato da empresa com a prefeitura de Campo Grande.
Em março de 2024, o STJ adiou a análise da denúncia de lavagem de dinheiro contra Chadid.
Na ocasião, o relator do inquérito, ministro Francisco Falcão, destacou diversas compras feitas por Chadid com dinheiro vivo como justificativa para aceitar a denúncia. A ministra Nancy Andrighi, revisora do caso, concordou com o voto do relator. Já o ministro Luis Felipe Salomão pediu mais tempo para analisar o processo.
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..Em nota, a defesa informa que se tratou de decisão monocrática, da qual se discorda veementemente.