Corpos de vítimas de queda de avião no Pantanal são transferidos e só vão ser identificados com DNA e familiares
26/09/2025
(Foto: Reprodução) Corpos de vítimas de queda de avião no Pantanal são transferidos para exames de DNA
Os corpos das vítimas do acidente aéreo ocorrido no Pantanal de Mato Grosso do Sul foram transferidos, na manhã desta sexta-feira (26), do Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), em Campo Grande. Veja o vídeo acima.
O transporte foi feito em dois carros funerários até a capital, onde serão realizados exames complementares. Segundo a perícia, a identificação será feita por meio de exame de DNA, que depende da chegada dos familiares para coleta de material genético.
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Na queda, os corpos das quatro vítimas foram carbonizados. Morreram no acidente: o arquiteto chinês Kongjian Yu, de 62 anos; os cineastas brasileiros Luiz Ferraz, de 42 anos, e Rubens Crispim Jr., de 51 anos; e o piloto Marcelo Pereira de Barros, de 59 anos, proprietário da aeronave.
Na quarta-feira (25), o filho do piloto esteve em Aquidauana para fornecer amostras de DNA, que serão comparadas com o material coletado do corpo da vítima. O exame de necropsia já foi realizado em três dos corpos.
O corpo do arquiteto chinês Kongjian Yu ainda não passou por perícia. Por tradição da cultura chinesa, o procedimento só pode ser feito com a presença da família, que ainda não chegou ao Brasil.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que, nos demais corpos, foram coletadas amostras para diferentes métodos de identificação, como confronto com registros médicos.
Também foram coletadas amostras biológicas de todas as vítimas para exames de DNA. O processo é mais demorado porque envolve etapas laboratoriais complexas, que só são feitas em Campo Grande. Os peritos utilizaram vários métodos de identificação para permitir a liberação dos corpos às famílias.
"A transferência dos corpos para Campo Grande foi feita para garantir o acesso a exames mais detalhados e avançados, necessários para a identificação," afirmou Antônio Cesar Moreira de Oliveira, coordenador regional de Perícias e Identificação de Aquidauana.
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Voo irregular
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Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil investiga duas possíveis irregularidades: voo fora do horário permitido e transporte remunerado de passageiros sem autorização.
Testemunhas relataram que o avião sobrevoou a região pantaneira durante todo o dia, realizando diversos pousos e decolagens. A pista da Fazenda Barra Mansa, onde ocorreu o acidente, só podia ser utilizada até as 17h39, mas a queda aconteceu após as 18h.
Segundo amigos das vítimas, os documentaristas e o arquiteto gravavam um documentário sobre as "cidades-esponja", conceito criado pelo arquiteto chinês. A Olé Produções, responsável pelo documentário, disse que o voo era pago.
O acidente ocorreu ao lado da pista de pouso da fazenda, que recebe turistas nacionais e estrangeiros. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave tentou arremeter durante o pouso, mas perdeu altitude e caiu cerca de 100 metros da cabeceira.
Infográfico - queda de avião mata 4 pessoas em MS
Arte/g1
Corpos são transferidos para Campo Grande.
Osvaldo Nóbrega/TV Morena
O arquiteto chinês Kongjian Yu, o documentarista Luiz Ferraz, o diretor de fotografia Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Pereira de Barros morreram na queda de um avião em Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul
Montagem/g1
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
