Do 'hashi voador' ao sobá: a história da Feira Central, patrimônio de Campo Grande
27/10/2025
(Foto: Reprodução) Relembre a polêmica mudança da Feira Central de Campo Grande
A Feira Central de Campo Grande, que há 100 anos reúne pessoas de diferentes origens e idades, é um dos símbolos culturais mais tradicionais da capital sul-mato-grossense. Ao longo do tempo, já ocupou várias ruas da cidade.
Em 2001, uma reportagem da TV Morena mostrou a polêmica mudança da Feira Livre para o espaço dos antigos ferroviários — uma decisão que ainda divide opiniões.
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Reconhecida em 2017 como Patrimônio Cultural Imaterial, a Feira Central é hoje um dos principais pontos turísticos de Campo Grande. Sua primeira organização oficial ocorreu em 1925, quando o local ainda era conhecido como Praça do Mercado.
Em 1955, a feira mudou para a Rua 15 de Novembro, entre a Avenida Calógeras e a Rua 14 de Julho, onde permaneceu até 1958. No mesmo ano, foi inaugurado o Mercado Municipal, no mesmo local que funcionou a primeira feira regularizada.
Feira Central de Campo Grande - 1924 à 1958
Arquivo Feira Central/ Reprodução
As mudanças de endereço acompanharam o crescimento de Campo Grande e as novas demandas por infraestrutura e higiene.
Entre 1958 e 1964, a feira funcionou na Rua Antônio Maria Coelho, entre as ruas Pedro Celestino e 13 de Maio. Com o aumento do número de comerciantes, vieram também os desafios de limpeza, logística e fiscalização.
Atendendo aos pedidos da população, o poder público transferiu novamente a feira, desta vez para a região das ruas José Antônio, Abraão Júlio Rahe e Padre João Crippa, mais próxima ao centro da cidade.
Feira Central de Campo Grande - 1964 à 2004
Arquivo Feira Central/ Reprodução
Com o passar das décadas, Campo Grande cresceu e se tornou um polo de desenvolvimento e diversidade cultural. A Feira Central acompanhou essa transformação e hoje é considerada um retrato da identidade campo-grandense.
Nas décadas de 1960 e 1970, a feira se tornou ponto de encontro de jovens, boêmios e trabalhadores da noite, que costumavam saborear o tradicional sobá nas madrugadas.
Hoje, a Feira Central preserva suas tradições, mas com estrutura moderna, reforço na higiene e instalações confortáveis. As antigas bancadas improvisadas foram substituídas por espaços seguros, sem deixar de lado o clima acolhedor que faz parte da sua história.
Feira Central de Campo Grande - 2004 até os dias atuais
Arquivo Feira Central/ Reprodução
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