Incêndios no Pantanal reduzem 92% no primeiro semestre de 2025 em MS, aponta levantamento
03/07/2025
(Foto: Reprodução) Em 2024, o fogo chegou mais cedo ao Pantanal, que passou a queimar ainda no 1º semestre. Neste ano, o fogo é esperado para agosto e setembro, período em que normalmente ocorrem. BR-262, próximo ao Buraco das Piranhas - 25 de junho de 2024 e dia 2 de julho de 2025
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Dados analisados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC) mostram que os incêndios florestais no Pantanal e no Cerrado reduziram 92,8% e 51,3%, respectivamente, no primeiro semestre de 2025, se comparado com o mesmo período do ano passado.
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A queda ocorre nos dois biomas tanto na dimensão de área queimada quanto no número de focos de calor.
No Pantanal: a queda nos números é ainda maior. Foram 92,8% em área queimada, reduzindo de 595.728 hectares em 2024, para 42.840 entre janeiro e junho deste ano. Os focos de calor também reduziram drasticamente de 2.753 para 50, queda de 98,2%.
No Cerrado: a área queimada reduziu de 56.952 hectares para 27.734, uma redução de 51,3%. Já os focos reduziram de 936 para 493, redução de 47,3%.
⚠️O Pantanal passa, todos os anos, por dois períodos distintos: o da água e o do fogo. Em 2024, o ciclo do fogo começou mais cedo que o normal — ainda em junho — por causa das mudanças climáticas e da ação humana, segundo especialistas. Neste ano, os incêndios ainda são esperados para agosto e setembro, período em que normalmente ocorrem.
Trabalho dos bombeiros
Mesmo assim, equipes do Corpo de Bombeiros Militar atuam desde o primeiro dia do ano nos locais como prevenção. Foram empregados um efetivo de 452 bombeiros na prevenção, preparação e combate aos incêndios.
Os militares atenderam 1.038 ocorrências este ano, enquanto em 2024 foram 2.532 ocorrências atendidas no mesmo período.
O relatório ainda mostra que os números também foram bons quanto aos incêndios em áreas protegidas. Nas Unidades de Conservação, a queda de área queimada foi de 89,6% e 100% em Terras Indígenas.
Com a seca extrema que a atinge a maioria dos estados da região Norte do Brasil e o aumento de focos de incêndio na Amazônia, especialistas ouvidos pelo g1 alertam para o risco de uma temporada de queimada e seca mais severa para o Pantanal.
Mesma reigão, próximo ao Buraco das Piranhas em 2024 e 2025
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As imagens acima foram registradas pelo repórter cinematográfico Ariovaldo Dantas e dão a dimensão da diferença dos cenários no bioma em 2024 e 2025. Os registros deste ano foram feitos durante a produção do programa da TV Morena +Natureza, que vai ao ar no fim deste mês.
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Queimadas em 2024
Em junho do ano passado, o governo do estado chegou a decretar situação de emergência por causa dos incêndios no Pantanal. Os números de 2024 superam o de 2020, quando houve recorde de devastação no bioma.
O combate teve apoio também de aeronaves do Exército e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de homens da Força Nacional para reforçar as equipes que atuavam no estado.
No ano passado, com a seca extrema que a atingiu a maioria dos estados da região Norte do Brasil e o aumento de focos de incêndio na Amazônia, especialistas ouvidos pelo g1 alertaram para o risco de uma temporada de queimada e seca mais severa para o Pantanal.
O aumento de eventos climáticos extremos junto ao El Niño formaram o combo de alerta para uma período de seca mais extremo e aumento das queimadas no Pantanal em 2024.
Mesmo local, na BR-262, próximo ao Buraco das Piranhas.
Ariovaldo Dantas/ TV Morena
g1 em 1 Minuto Mato Grosso do Sul: incêndios no Pantanal reduziram 92% em MS
Imagem capturada da 2 de julho de 2025 próximo ao Buraco das Piranhas em MS.
Ariovaldo Dantas- TV Morena
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