Júri absolve acusado de matar homem após briga sobre diagnóstico de HIV em MS
24/10/2025
(Foto: Reprodução) Vítima foi encontrada em casa no Vila Bordon.
Reprodução/RedesSociais
Carlos Roberto Silva Strogueia, de 27 anos, foi absolvido nesta sexta-feira (24) pelo Tribunal do Júri de Campo Grande. Os jurados acolheram uma das teses apresentadas pela defesa e concluíram que ele não teve responsabilidade penal pela morte de Devanir Paltanin, de 46 anos, ocorrida em março de 2022, no bairro Vila Bordon.
Entre as teses apresentadas no julgamento estavam a de “legítima defesa por excesso exculpante”, quando a pessoa reage além do necessário, e a de “inexigibilidade de conduta diversa”, que significa que não era possível agir de outra forma naquela situação. A decisão dos jurados não deixou claro qual dessas versões foi aceita.
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O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Carlos e Devanir consumiram drogas e tiveram relações sexuais. Após a relação, enquanto a vítima dormia, Carlos teria mexido na carteira de Devanir e encontrado documentos com outro nome, além de medicamentos usados no tratamento do HIV.
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Ainda segundo a denúncia, ao questionar Devanir sobre o fato de ser uma pessoa que convive com HIV e não ter informado antes da relação sem preservativo, iniciou-se uma discussão. Durante o conflito, Carlos pegou duas facas e desferiu golpes que resultaram na morte da vítima.
O corpo de Devanir foi encontrado na sala da casa, nu, enrolado em um cobertor e com várias lesões cortantes, conforme o registro policial.
Na época, a delegada responsável pelo caso, Franciele Candotti Santana, informou ao g1 MS que o suspeito utilizou uma arma branca e tentou esquartejar a vítima.
As investigações
Em 25 de março de 2022, o pai de Carlos procurou a delegacia para comunicar o desaparecimento do filho. Segundo ele, na manhã do dia anterior, Carlos havia aparecido em sua casa com ferimentos na mão e no peito e vestígios de sangue. O pai relatou que o filho disse ter brigado com uma pessoa em sua residência e pediu para ser levado a outro endereço.
O homem afirmou ainda que o filho estava “aparentemente sob efeito de drogas” e se recusou a procurar atendimento médico.
A polícia foi até a casa de Carlos com autorização do pai. Ao entrar no imóvel, os agentes encontraram o local com sinais de desordem e manchas de sangue.
Durante a perícia, o corpo de Devanir foi localizado no interior da casa. Uma arma branca foi apreendida, além de objetos que poderiam contribuir para o esclarecimento do caso.
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