Pantanal sob risco: MPF exige R$ 300 milhões de indústrias por contaminação com agrotóxicos

  • 04/12/2025
(Foto: Reprodução)
Bacia do Alto Paraguai (BAP), que engloba o Pantanal em MS SOS Pantanal O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) ajuizou uma Ação Civil Pública contra 29 empresas do setor agroquímico e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), buscando responsabilizá-los pela contaminação do solo e da água na Bacia do Alto Paraguai (BAP), região que abrange o Pantanal. A medida foi proposta pelo procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida e inclui pedido liminar de urgência. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Segundo o MPF, o uso massivo do agrotóxico Atrazina gerou danos ambientais persistentes, com contaminação comprovada em diferentes pontos da bacia — uma das áreas hidrográficas mais importantes da América do Sul. A ação se baseia no princípio do poluidor-pagador e aponta riscos à saúde e ao equilíbrio ecológico. Entre as empresas rés estão grandes fabricantes e importadoras. O Ibama também foi incluído por suposta omissão na fiscalização e no monitoramento do uso da substância. A ação cita uma base técnica considerada robusta, incluindo estudo de campo feito por pesquisadores da Embrapa, com participação da Comissão Pastoral da Terra, UFMT (atual UFR), FUNAI e Ministério Público do Trabalho. A pesquisa, realizada em outubro de 2018, analisou água superficial, subterrânea, de chuva e de abastecimento urbano na BAP. Os resultados apontaram a presença de Atrazina em 15 dos 25 pontos avaliados. Apesar de as concentrações estarem abaixo dos limites permitidos no Brasil, elas superam os padrões adotados pela União Europeia. O MPF afirma que a tese de “uso seguro” do produto, defendida por fabricantes, é refutada por estudos internacionais. Medidas urgentes solicitadas O MPF pede liminarmente: Suspensão imediata da comercialização de produtos que contenham Atrazina por todas as empresas rés; Apresentação, em até 60 dias, de um plano de diagnóstico completo da contaminação na BAP, elaborado por entidade técnica independente; Implementação imediata pelo Ibama de um programa de monitoramento de resíduos de agrotóxicos na bacia. Pedidos de condenação No mérito da ação, o MPF/MS pede: Reparação ambiental com a criação e execução de um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) custeado pelas empresas; Indenização de R$ 300 milhões por danos morais coletivos e danos ambientais irreversíveis, com valores destinados ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) ou fundo ambiental específico; Obrigação do Ibama de implementar um programa permanente de monitoramento da Atrazina e iniciar procedimento de reavaliação do registro do agrotóxico. O órgão também solicita que ministérios e agências federais, como Meio Ambiente, Saúde, ANVISA e Ministério da Agricultura, sejam informados da ação para adoção de medidas necessárias ao cumprimento das determinações, caso a Justiça conceda os pedidos. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/12/04/pantanal-sob-risco-mpf-exige-r-300-milhoes-de-industrias-por-contaminacao-com-agrotoxicos.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Anunciantes