Pantanal tem o período mais seco dos últimos 40 anos, aponta levantamento

  • 12/11/2025
g1 em 1 Minuto Mato Grosso do Sul: seca no Pantanal A maior planície alagável do mundo, o Pantanal, enfrenta o período mais seco dos últimos 40 anos. Os dados são do levantamento do MapBiomas, realizado entre 1985 e 2024, e divulgado nesta quarta-feira (12). Os números indicam que a área que permanece alagada anualmente diminuiu 75%, passando de 1,6 milhão de hectares (1985–1994) para 460 mil hectares (2014–2024). O ano de 2024 foi o mais seco de toda a série histórica, com a área alagada 73% abaixo da média. O estudo indica que, a cada década, o bioma registra cheias menores e secas mais intensas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Causas do problema O Pantanal depende das águas que descem do Planalto da Bacia do Alto Paraguai (BAP), onde nascem os rios que o abastecem. A BAP abrange áreas de Mato Grosso (48% da bacia, com 17,4 milhões de hectares) e Mato Grosso do Sul (52%, com 18,6 milhões de hectares). O Planalto é composto por 83% de Cerrado e 17% de Amazônia, enquanto o Pantanal corresponde à Planície que recebe essas águas. Entre 1985 e 2024, o Planalto perdeu parte significativa de sua cobertura vegetal. A vegetação nativa passou de 72% para 46% em Mato Grosso e de 59% para 36% em Mato Grosso do Sul, o que representa uma perda total de 5,2 milhões de hectares. Nesse mesmo período, a agricultura aumentou quase quatro vezes, sendo a soja responsável por 80% das áreas cultivadas. As pastagens cresceram 4,4 milhões de hectares, substituindo parte da vegetação nativa. Impactos Com menos florestas e savanas, o solo fica mais exposto e a água da chuva escoa rápido, em vez de alimentar os rios. Em 1985, 33% do Planalto já era usado por atividades humanas. Em 2024, esse número subiu para quase 60%. A situação das pastagens também preocupa: 63% delas têm baixo ou médio vigor (vegetação fraca ou degradada). No trecho da Amazônia, 52% das pastagens estão em mau estado. No Cerrado, 55% estão com baixo ou médio vigor. Situação na Planície Pantaneira Na Planície, a vegetação natural diminuiu de 96% para 84% entre 1985 e 2024, resultando na perda de 1,7 milhão de hectares de áreas nativas. As pastagens aumentaram de 563 mil hectares para 2,2 milhões no mesmo período, e 85% delas apresentam baixo ou médio vigor vegetativo. A mineração foi a atividade que mais cresceu proporcionalmente na última década, com aumento de 60%. No total da Bacia do Alto Paraguai, as áreas agrícolas e de pastagem passaram de 21% em 1985 para 40% em 2024, correspondendo à conversão de 7,5 milhões de hectares de vegetação nativa — 84% no Planalto e 16% na Planície. Evolução por década 1985–1994: grande expansão das pastagens. O Planalto perdeu 12% da vegetação nativa. 1995–2004: avanço do desmatamento para o interior do Pantanal, com perda de 527 mil hectares de vegetação nativa. 2005–2014: início da redução da frequência de cheias e aumento de formações savânicas sobre campos e pastagens. 2015–2024: década mais seca da série histórica. A área alagada reduziu 1,2 milhão de hectares em relação à primeira década, e o Pantanal perdeu 450 mil hectares de vegetação nativa. *Estagiário sob supervisão de Nadine Lopes Jacarés mortos em período de seca no Pantanal José Medeiros Estudo mostra que temperaturas do Pantanal subiram 1.8C em 2024. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/11/12/pantanal-tem-o-periodo-mais-seco-dos-ultimos-40-anos.ghtml


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