Piloto que morreu em queda de avião no Pantanal é sepultado em MS
27/09/2025
(Foto: Reprodução) Marcelo Pereira de Barros, piloto do avião em MS.
Reprodução
O corpo do piloto e proprietário do avião Cessna 175, que caiu em uma fazenda em Aquidauana (MS), na última terça-feira (25), foi sepultado neste sábado (27). A informação foi confirmada ao g1 pela funerária que realizou o velório e o sepultamento.
Marcelo Pereira de Barros, de 59 anos, foi enterrado no Cemitério Parque, em Aquidauna. Familiares e amigos participaram da despedida. Segundo a funerária, o corpo de Marcelo foi liberado do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) na manhã deste sábado e sepultado por volta das 16h30.
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No acidente, também morreram o arquiteto chinês Kongjian Yu, de 62 anos, e os cineastas Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, de 42 e Rubens Crispim Júnior, de 51.
Identificação das vítimas
Além do piloto, a perícia já identificou o corpo do cineasta Rubens Crispim Júnior, que já foi liberado para os procedimentos funerários. O g1 não conseguiu contato com a família do cineasta até a última atualização desta reportagem.
Os peritos ainda trabalham na identificação do arquiteito Kongjian Yu e do cineasta Luiz Fernando Ferraz.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul, os peritos da polícia científica estão de plantão neste fim de semana para a identificação das duas vítimas.
A pasta informou, ainda, que a Embaixada da China no Brasil autorizou a realização de exames necroscópicos e de DNA no corpo do arquiteto chinês. Devido a uma tradição cultural da China, os exames só podem ser feitos com a presença da família ou autorização da Embaixada.
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O acidente
A queda do avião de pequeno porte no Pantanal, na noite desta terça-feira (23), ocorreu ao lado da pista de pouso da fazenda Barra Mansa, área turística localizada na zona rural de Aquidauana (MS).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o avião arremeteu durante a manobra de pouso. Funcionários que trabalham no local presenciaram o acidente e utilizaram um trator e caminhão-pipa para chegar à aeronave, que explodiu ao atingir o solo, e combater o fogo.
Os corpos das quatro vítimas foram carbonizados. A operação de resgate durou cerca de nove horas e envolveu três militares e uma viatura. O acesso difícil e as condições do terreno dificultaram o trabalho das equipes.
A aeronave tinha matrícula PT-BAN. O modelo era Cessna 175, fabricado em 1958. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) o avião estava autorizado a voar apenas sob regras visuais, e durante o dia.
A Polícia Civil apura duas possíveis irregularidades no voo: operação fora do horário permitido e transporte remunerado de passageiros sem autorização.
Testemunhas relataram que a aeronave sobrevoou a região durante todo o dia, realizando diversos pousos e decolagens. A pista da Fazenda Barra Mansa, onde ocorreu o acidente, só podia ser utilizada até as 17h39, mas a queda aconteceu após as 18h.
Amigos das vítimas informaram que os cineastas e o arquiteto trabalhavam na gravação de um documentário sobre as “cidades-esponja”, conceito desenvolvido por Kongjian Yu. A Olé Produções, responsável pelo projeto, confirmou que o voo era pago.
Vídeo mostra destroços de avião que caiu e matou 4 pessoas no Pantanal
Infográfico - queda de avião mata 4 pessoas em MS
Arte/g1
O arquiteto chinês Kongjian Yu, o documentarista Luiz Ferraz, o diretor de fotografia Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Pereira de Barros morreram na queda de um avião em Aquidauana, no Pantanal de Mato Grosso do Sul
Montagem/g1
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